À olho nu, o leite de
caixinha homogeneizado é uma mistura homogênea, mas se você olhar através de um
microscópio, irá perceber minúsculas gotículas de gordura suspensas em água.
O corante inicialmente não
se mistura ao leite pela existência da tensão superficial deste, mas quando se
adiciona detergente essa tensão superficial é quebrada, pois este tem a
capacidade de interagir tanto com a gordura do leite quanto com a água. Depois
de quebrada a tensão superficial, o corante se espalha e liga-se a água.
O detergente possui grandes
moléculas constituídas de uma “cabeça” polar, que interage fortemente com a
água, e uma longa “cauda” apolar, que interage com a gordura do leite e com
outras moléculas de detergente.
As interações da parte polar
são dipolo-dipolo e da parte apolar são interações de Van der Waals, que são
fracas, mas numerosas.
Dado certo momento a
quantidade de detergente proporciona a formação de micelas. Essas micelas são
um aglomerado de moléculas de detergente que envolve moléculas de gordura do
leite, formando uma estrutura esférica cuja superfície externa é polar e a
interna é apolar.
As moléculas do corante são
polares, por isso interagem bem com a água e se reorganizam quando ocorre a
formação das micelas. A sua reorganização cria um aspecto artístico no leite.
Substâncias polares e
apolares se repelem, portanto as caudas de detergente e a água não se combinam,
o que favorece a formação de micelas. Elas se formam favorecidas por uma
economia de energia, pois na micela as caudas apolares não têm contato com a
água.
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