quinta-feira, 5 de julho de 2012

O que acontece?


À olho nu, o leite de caixinha homogeneizado é uma mistura homogênea, mas se você olhar através de um microscópio, irá perceber minúsculas gotículas de gordura suspensas em água.
O corante inicialmente não se mistura ao leite pela existência da tensão superficial deste, mas quando se adiciona detergente essa tensão superficial é quebrada, pois este tem a capacidade de interagir tanto com a gordura do leite quanto com a água. Depois de quebrada a tensão superficial, o corante se espalha e liga-se a água.
O detergente possui grandes moléculas constituídas de uma “cabeça” polar, que interage fortemente com a água, e uma longa “cauda” apolar, que interage com a gordura do leite e com outras moléculas de detergente.
As interações da parte polar são dipolo-dipolo e da parte apolar são interações de Van der Waals, que são fracas, mas numerosas.
Dado certo momento a quantidade de detergente proporciona a formação de micelas. Essas micelas são um aglomerado de moléculas de detergente que envolve moléculas de gordura do leite, formando uma estrutura esférica cuja superfície externa é polar e a interna é apolar.
As moléculas do corante são polares, por isso interagem bem com a água e se reorganizam quando ocorre a formação das micelas. A sua reorganização cria um aspecto artístico no leite.
Substâncias polares e apolares se repelem, portanto as caudas de detergente e a água não se combinam, o que favorece a formação de micelas. Elas se formam favorecidas por uma economia de energia, pois na micela as caudas apolares não têm contato com a água.

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